quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Dead Fish e Matanza - 05/02/10

Em mais uma dessas sextas-feiras de rock aconteceu algo que os moradores do outro lado da ponte esperavam a muito tempo: Não ter que pegar nem o 100, nem barca, nem bote, nem nada pra atravessar baía nenhuma pra presenciar um evento underground relativamente grande, desses que raramente acontece na região metropolitana. Dessa vez a galera de São Gonçalo e Niterói estava do lado certo e quem teve que atravessar a ponte fomos nós da capital.

Aliás, foi bem bacana ver como os metropolitanos são guerreiros. Atravessar a ponte de madrugada realmente é caro e chato. Mas a gig, organizada em São Gonçalo pela Juicebox no clube Tamoio, teve um público ótimo. O que deixa os Gonçalves, digo, Gonçalenses confiantes de que rolarão outros eventos de mesmo escalão por lá.

Bom, a resenha desse lindo baile deveria começar com o show speedcore do Ematoma, que já carrega 20 belas primaveras de banda, mas infelizmente não consegui chegar a tempo de comprar meu ingresso por conta da fila. É, amigo... Quando eu disse que o público estava ótimo eu não estava forçando não.

Mas, felizmente consegui entrar no clube a tempo da gig dos Local-Heroes da Kombi Que Pega Crianças.

Agora é a hora que eu tenho que lhes admitir que não consigo bancar muito o imparcial, que a Kombi é pra mim a melhor banda do lado de lá da ponte e que se não fosse o show da banda eu provavelmente não atravessaria a ponte.

Feita essa babação de ovo descarada, vamos continuar.

Liderados pelo seu folclórico vocal, Ney da marmita, os Kombinos abriram seu curto, simples e efetivíssimo showzaço com a sua versão de "Chorando Se foi" (Estou falando daquela lambada brega mesmo), seguida de seus clássicos como Troca Injusta, Pobre Menino, Passadeira e A Flor Do Velho que eram cantados por quase todos os presentes. Aliás, é impressionante como poucos em São Gonçalo não sabem cantar as músicas da Kombi, que fecharam seu show com Pokemón e mostraram porque são um dos orgulhos dos rockers locais.


Ahh, não custa dizer que descobri que a Kombi vem preparando um novo álbum. Assim como também não custa dizer que, como esses caras da Kombi são meio malucos, não dá pra confirmar se é verdade ou quanto tempo demorará pra sair. O que faz com que esse parágrafo seja um pouco inútil. Mas não custava nada, né?

Depois dos tradicionais encontros com colegas, abraços e alguns: "Ué? Você por aqui? Atravessou a ponte?", sobem ao palco os cariocas do Madame Machado.

E os caras quebraram o ritmo e surpreenderam os mais conservadores com seu Ska-Core, mas nada que os impedisse de empolgar o público de alguma maneira. E assim o fizeram numa cover de The Trooper do Iron Maiden em versão Ska que levou o público à um curioso Pogo-Ska que porventura foi o ponto alto do show. Aliás, essa não foi a única cover. Teve também Take On Me e Livi'n La Vida Loca, como também tiveram músicas próprias da banda, como a radiofônica Beijo de Cinema, Surf Na Privada, Tá Ruim Mas Eu Quero, entre outras.

No fim do show, foi bacana ver que por mais que o Ska não fosse o foco da noite, o público respeitou o som do Madame, que aliás, fez um show redondinho e um pouco mais cadenciado, acalmando os nervos pras bandas principais que viriam a seguir.

Eis que o Matanza aparece em cima do palco e eu descubro que o guitarrista (Donida) saiu da banda e que agora quem brinca de solar é o ainda desentrosado Maurício Nogueira. Mas vamos ao que mais interessa.

Sinceramente, amigo. Agora é a parte mais fácil de se escrever essa humilde resenha. Até porque transcrever um show do Matanza é bem simples:

“Boa Noite! Esse é o Matanza! O mais puro country! O mais puro hardcore! E o mais puro jamboreeee!”

Aí meu amigo, vem aquela set list daquelas que é bem difícil pra banda escolher, com músicas dos 4 discos da banda, que abriu o show com Santa Madre Cassino, passando por quase toda a set do MTV Apresenta, já que a banda ainda faz esse show por ser o disco mais recente.

O problema do Matanza (se é que pode se chamar assim) é sua set em blocos de músicas emendadas que faz com que seja complicado fazer qualquer mudança na set list e conseqüentemente, faz com que as apresentações sejam muito parecidas, sem dar brecha ao inesperado. Logicamente, há também o lado bom, que é o fato de que além de um show dinâmico, o público de um show no Oiapoque vai assistir o mesmo show que o público do Chuí.

Aliás, deve ser isso que a banda busca, mas eu particularmente prefiro o "inusitado que faz sorrir" de shows como o do Dead Fish.

De qualquer forma, voltando a falar em públicos, o Matanza fez a galera cantar e poguear tanto que uma boa parte da galera acabou ficando morgadona na hora do Dead Fish.

Mas felizmente os capixabas não estavam nem aí pra isso. E com o singular riff de Asfalto a banda começava a fechar de forma enérgica a noite lá pelas 3h da madrugada.

E quando começa o show do Dead Fish começa também a polêmica do stage dive; Da galera que pensa que o palco não está liberado para que se pule dele e sim, pra que todos possam realizar seu sonho de ser famoso por alguns segundos, pra dar um abraço no vocalista, tirar fotos, mandar beijo pra namorada, desplugar os pedais de guitarra e et cetera.


A verdade é que ninguém agüenta mais essa mesma discussão após todo o show do DF por aqui. Logicamente, não estou falando de poder subir no palco e dar seu stage dive na humildade, e sim de faltar com o respeito com a banda ao ultrapassar alguns limites.

E pelo visto isso vai acontecer até chegar a hora em que o Rodrigo começar a dar cuecão na fanfarronada em cima do palco e descer do mesmo no meio de uma música pra pegar um desses engraçadinhos que ficam fazendo cagada no palanque. Ahh, é! Aconteceu exatamente isso nesse show quando resolveram roubar o protetor auricular dele... É, nem aniversariante a galera respeita (Sim, o Rodrigo).

Não quero bancar o chato, pessoal. Mas o problema, é que se a galera continuar abusando assim, daqui a alguns shows não teremos mais os palco liberados pro stage. O que já tem sido mais raro a cada dia. Em show gringo então...

Você aí deve tá pensando que eu falei tanto de stage dive que esqueci do show, né? Mas na verdade o show foi isso mesmo. O Rodrigo enérgico de sempre, o Phil provando que é um guitarrista que vale por dois e o Marcão e o Allyand segurando uma das cozinhas mais complicadas do HC nacional. Mas se você gosta de tudo bem explicadinho pode conferir a set list clicando aqui.

E foi nessa onda que com o sol quase raiando, o Dead Fish cumpriu seu maravilhoso trabalho. E talvez só duas pessoas não tenham saído tão felizes do Tamoio: O rapaz que levou o cuecão e o ladrão de protetores auriculares.

No fim do dia (ou seria começo?) raríssimos foram os gonçalenses que voltaram para suas casas sem a satisfação digna de quem comeu, gostou e repetiria o prato. Então, que este seja no Circo voador no dia 26 de março, porque não?



Abraços.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

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