quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Grupo Porco de Grindcore Interpretativo, Nossa Vitória, Plastic Fire, Good Intentions e Questions - 14/11/10

Assim como a justiça, o Resenha na Lenha tarda, mas não falha (ou tenta não falhar). Mesmo após uma semana, cá estou para resenhar sobre o último domingo nublado e o grande show de roque na casa de shows mais descolada do RJ, a Audio Rebel. Do grindcore tosco ao hardcore old school, tivemos as bandas Grupo Porco de Grindcore Interpretativo, Nossa Vitória, Plastic Fire, Good Intentions e Questions.

Ah, vale citar que a partir de agora, durante os shows, a Rebel terá as portas fechadas e quem entrar, não poderá sair para papear na calçada. É uma situação chata, mas devido à reclamações de vizinhos, foi uma medida necessária. Creio que todos devem entender isso, afinal, antes colaborarmos do que acabarmos perdendo mais um pico de show.

Para começar toda a disgraceira no melhor estilo, só com o Grupo Porco de Grindcore Interpretativo! Infelizmente eu não assisti o show, pois estava lá fora tomando aquela cerveja gelada, mas depois peço ao Allex, dono do blog, para resenhar sobre esse show bonit...ah é, ele estava bebendo comigo! Bem, caso você queira ter uma ideia de como foi, temos uma resenha antiga sobre um show dos rapazes do Grupo Porco aqui.

Após a cervejinha gelada e colocar o papo em dia, começava o Nossa Vitória. Vindos de Volta Redonda, os meninos tocam aquele hardcore old school bolado influenciado por Gorilla Biscuits, Verse e Youth of Today. Com boa resposta do público, que cantava e já ensaiava os primeiros moshes e stage dives, eles tocaram músicas da demo lançada esse ano, "November 14th" (e que você pode baixar aqui), mas o ponto alto foi o cover da música "Unidade" do Reajuste, extinta banda straight edge aqui do Rio. Após o show competente do Nossa Vitória, já dava pra se ter uma noção do que o evento ainda proprocionaria à juventude roqueira.

Em meio aos gritos de "Pai Moreno", "Negro ativo" e "Rômulo Costaaa", subia mais uma vez aos palcos da Rebel o Plastic Fire. Em seu show de pré-lançamento do novo cd, "A Última Cidade Livre", o quarteto se focou um pouco mais nas novas canções e, sinceramente, gostei bastante do que ouvi. Destaque para a música "Esgrima" que de tão porrada, devia é se chamar "UFC". É claro, não faltou a música que está na boca da juventude, "Negativo"; e para encerrar, rolou o recente single "O Preço de Ser Impessoal", destruindo tudo o que tinha pra ser destruído. Não desmerecendo as outras bandas, mas show do Plastic Fire é engraçado, pois todo mundo sempre fica tão à vontade que até o público parece ser integrante da banda!

Cheios de boas intenções, em seguida temos o Good Intentions (trocadalho do carilho). Foi a primeira vez que os caras tocaram por aqui, então todos estavam bastante ansiosos, afinal, não é todo dia que se tem a oportunidade de conferir um show de uma banda desse calibre. O único problema que poderia citar é que algumas músicas não estavam tão rápidas como no cd, mas nada que tirasse toda a potência do som. Nesse pique, eles passaram por canções do split com o Reconcile, do cd "Até o Fim", algumas das novas canções e, de quebra, cover de Gorilla Biscuits!
O show dos caras é porrada atrás de porrada e por soarem tão sinceros, cada música cantada por quem estava ali, era cantada como hino. Ah, claro, vale citar o Rodolfo (guitarrista do GI) parafraseando (ou melhor, corrigindo) o que João Gordo disse no Guidable: "a gente odeia padre, a gente odeia político, a gente odeia HOMOFÓBICO", haha.

Divulgando o novo cd "Rise up", o Questions fechou a noite. Seria redundante falar que o show foi fudido! Aliás, faltam os adjetivos para definir o que aconteceu. A cada música, a galera ficava mais insana, e isso era visto nos stage dives e no mosh, além daqueles que agarravam o microfone para cantar, o que, inevitavelmente, aconteceu quando tocaram "True Brotherhood". Pra você ter noção de como estava foda o show, até o Puruca, baixista do Plastic Fire, estava lá na frente cantando!

O mais legal foi ver que o público era variado, passando do pessoal hardcoreano até os metaleiros, e a melhor forma da banda corresponder isso foi através das covers. Além do cover de Agnostic Front, o Questions ainda tocou "Troops of Doom" do Sepultura, após vários pedidos de "mais um". Na verdade, se dependesse da galera, o show iria até de manhã, pois mesmo após o cover do Sepultura, alguns continuaram pedindo mais músicas!

Depois dessa aula de hardcore, só restou ir pra casa com mais um show no coração e a certeza de que valeu à pena não ter deixado de ir ao show por causa da prova da UFRJ na segunda de manhã. Como valeu!