Era a estreia da Rock 'n Drinks, com sua nova alcunha e foi provavelmente o melhor show da casa (contando com a época em que usavam o outro CNPJ). A casa, que praticamente virou casinha de tanta gente, se fosse viva provavelmente iria sorrir e poguear com os prédios vizinhos; era impossível não ficar alegre naquele lugar depois que o relógio marcou 21h 40m e foi foi feito o anúncio da banda californiana do dia - "Com vocês, Agent Orange!".
E, com os riffs de Pipeline e um pogo frenético, começava o show que relembrava os anos 90, até para os que não o viveram. A amizade plena, o respeito, a paz, o que construiu tudo que há de bom na cena do Rio até hoje estava presente no show junto, é claro, da velha (velha?) guarda carioca.
E antes que eu fique tão empolgado com pogos, stage dives, etc e me esqueça, é bom lembrar da - bela - homenagem feita pelo Mike ao presidente da Polônia que morreu há pouco tempo dedicando Too Young To Die à ele. Bacanaço!
Seguindo, a irretocável gig teve El Dorado, No Such Thing, Mr. Moto, I Kill Spies, Somebody to Love (tem algum hippie aí?), Miserlou, Breakdown, Voices In The Night e todas as músicas que os mais "chatos" podiam querer. Teve até America (para este chato que vos escreve) e Police Truck! Eu disse irretocável, chefia! Lembra?
E, antes que você pense o contrário ou pense que eu esqueci, claro que Bloodstains foi a responsável pelo famoso ponto alto do show. Aliás, a casa quase quebrou no meio! E seria até ingrato usar de um português menos claro pra definir esse momento. Mas como isso era muito óbvio - o que não deixou o show nem um pouco menos legal - deixei pra dizer isso no final em um maravilhoso e tradicional parágrafo exclusivo.
Fechando o show, The Last Good Bye dava o melhor tchau do ano; era o fim perfeito (e olha a palavra 'perfeito' aí de novo)!
E com a missão (turnê) cumprida da melhor forma possível o Agent Orange só foi mau em não deixar o Social Distortion fazer o show do ano...
Abraços!