sábado, 17 de abril de 2010

Social Distortion - 16/04/10

Eram 20h da terceira sexta-feira de abril de 2010 quando abriram-se os portões do Circo Voador para que, depois de 31 longos anos, muita gente pudesse ter a sensação de que pode morrer sem medo de não ter visto Mike Ness e companhia. Finalmente o Social Distortion estava no Brasil e mais: no Rio de Janeiro, o túmulo do rock.

E como não podia deixar de ser, esse tempo todo acumulou muita gente que não perderia por nada a presença dos californianos por aqui, ou seja, o público felizmente não decepcionou como alguns achavam que poderia ser quando viram o preço do ingresso e ainda mais quando viram a lona vazia que só enquanto rolava o show do Carbona, que abria a noite.

Carbona que teve a cascuda e maravilhosa missão de abrir para as maiores lendas em atividade do punk rock internacional e que fez muito bem seu humilde trabalho da noite. O Circo ainda estava vazio, é verdade, mas pra quem estava dentro da lona ansioso pra cacete foi um ótimo show; aliviou a tensão muito bem. Mas uma coisa que me chamou a atenção foi a ausência do Melvin (baixista do Carbona), em viagem sei lá pra onde, que foi substituído pelo Lerik, que segurou muito bem a onda, aliás. E, particularmente, fico com uma certa pena do Melvin por ter perdido a noite - então, um abraço Melvin! Não esquecemos de você neste lindo dia.

Feito o show anti-ansiedade dos Carbonas, começava a arrumação pro show mais aguardado no Rio desde... Sei lá... Ramones?

E depois de uma certa espera a banda entra aos poucos, começam os acordes de Road Zombie e a vida de muitos passa à frente de seus ouvidos e em seguida à frente de seus olhos ao ver que Mike Ness, aquele cara que muitos ouviam há tanto tempo, mas nunca tinham visto de verdade, realmente existia.

Em seguida, Under My Thumbs dava calafrios e anunciava a todos a voz de Ness, provando de uma vez por todas a existência do ídolo. E assim começava a set list (aqui) que divergiu opiniões entre todos! Se por um lado não faltaram músicas importantes como Bad Luck, Bye Bye Baby, Ball And Chains, Ring Of Fire (que fechou o show) etc, era impossível não faltar outras músicas, como Cold Feelings, I Was Wrong, Story Of My Life, entre outros. O Social tem o invejável "defeito" de ser, digamos... Bom demais pra caber em um só show.

A verdade é que a banda é perfeita pra cada um de uma forma pessoal e única. E pra mim, como autor desse humilde texto, é impossível citar um momento ou outro como ponto alto do show; essa parte cabe a você, leitor! Alguns acharam que foi Reach For The Sky (eu), outros que foi Another State Of Mind, outros acharam que foi Don't Drag Me Down, outros Highway 101, outros acharão que o melhor momento foi o tombo mais maneiro do mundo de Mike Ness, outros acharão que foi simplesmente tudo, enfim! A banda viverá sempre com isso. E é esse um dos enumeráveis diferenciais do SD.

E de alguma forma esse era o tipo de show em que muito antes de se saber até mesmo o preço do ingresso já se sabia que iria ser maravilhoso, inesquecível e, para muitos, a realização de um sonho. E digo mais: a "falta" de algumas músicas faz, pelo menos para este que vos escreve, com que o show pareça interminável de alguma forma. É como se ainda estivéssemos lá e que a banda ainda voltaria pra tocar todas as músicas que faltam para você ou para mim.

Um desses famosos shows que não terminam. Para muitos o show do ano. Ou seria da década? Aí é com você, amigão!



Abraços!

3 comentários:

  1. Excelente! Definiu muito bem a sensação de todos nós fãs do SxDx. Estive ontem no show de Sampa e foi tudo isso e mais. E, yes, nós tivemos Cold Feelings!
    So fucking great!

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  2. show da década, com certeza! Marejei e foi lindo! Mas o de ontem do Agent Orange foi tão o mais intenso!
    abraço!

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  3. Na verdade eu achei que o show do Agent Orange bateu o show do SD bonito!

    Achei que o Agent foi mais show mesmo e que o SD foi algo mais romântico pros mais fãs (que nem o Bolinho e o maverick302br) e tal.

    E como eu já esperava isso, eu deixei aberto aí na resenha. hehe

    Abraço!

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