Depois de um primeiro dia de sucesso, comprovado pelo ótimo público na Audio Rebel, o segundo dia do Chapolin Hardcore festival 3 (me falaram que eu podia usar minha imaginação pra "nomear" a sigla), comprovou a velha teoria de Roberto Amorim de que tudo que é bom tem que durar o dobro. O segundo dia, apesar da promoção em que, quem fosse no primeiro dia do festival entraria de graça no dia seguinte, contou com um público menor; 2/3 do público do dia anterior.
O começo do primeiro show do segundo dia da terceira edição do festival estava previsto para depois da vitória do Flamengo sobre o Internacional, mas como isso infelizmente não aconteceu, depois da primeira cerveja da noite subia ao degrau, da Audio Rebel, o Malvina, de Niterói. O 0,666666667 de público do dia anterior, ainda recatado, chegava pra ver o trio, que faz um som raro no Rio (estado) e até no Brasil; famosa escola Belvedere. Bela surpresa saber que existe uma banda dessa por aqui pelo Rio. Aliás, mais uma das grandes surpresas do festival.
O único problema, é que não puderam terminar o cover de The Decline, do NOFX, que por ser a última música do show, não pôde ser tocada por completo, por causa do tempo (tá, eu sei que tocaram ela por último de propósito pra "não dar tempo").
Após o Malvina, subia ao palco o já clássico Halé! Banda local, praticamente dona da casa, perfeita pra lembrar a nós cariocas presentes e aos integrantes das bandas "gringas" que estamos no Rio e que aqui o bagulho é frenético mesmo! Na pele!
O Halé fez o show de sempre! O show divertido em que você se vê obrigado a ir comprar uma cerveja rapidinho pra cuspir em cima de alguém e quando não tem ninguém mais pra cuspir você mete ela goela adentro num gole só pra poder pogar logo. Sem frescura! No SECO! Sem neurose e sem gracinha. Assim o Halé fez sua parte, seu show divertido, bacana, gostosinho e sensual. Mas... Com o público ainda recatado.
Até que chegou a vez do H.E.R.O. O sexteto - de seis - de São Paulo fez questão de lotar o palco da Rebel - e um pedacinho do chão, com o vocal (Tranka) - pra tocar seu hardcore melódico. Hardcore desses que eu, aliás, pensava que não se fabricavam mais. Com uma pegada a la Street Bulldogs com alguma pitada de Garage Fuzz (pra falar apenas dos gringos do Brasil) e com direito até a cover de Sheep And Shepherds, da primeira banda dessa frase, a banda fez, sem dúvida, o show mais agitado da noite construindo até mesmo o liquidificador do hardcore: vulgo Circle Pit. Fora os body surfins que começaram a aparecer na noite.
O H.E.R.O, aliás, é uma dessas bandas que, eu vou guardar um adesivo com carinho na minha caixa de sapatos. Vai valer bastante depois de um tempo. Certeza! E se você não foi, poxa, cara, sinto muito. Perdeu o show mais legal da noite e, na minha opinião, dos dois dias. Mas tudo bem! Daqui a uns anos te vendo um adesivo caro pra cacete, se quiser. Eu peguei dois.
Pra variar, depois de mais uma vez seguir o clássico ritual da cerveja/papo/visitinha no merchan/cerveja/cerveja era a vez do Auria (que veio lá do ES) penúltima banda do festival. Passei um tempo tentando analisar a banda, procurando uma forma de explicar como ela é sem usar muito de neologismos, mas... É uma especie de hardcore melódico bruto sem ser bruto, melódico por baixo da pele. Algo no maior estilo The Fire Still Burns.
De qualquer forma, esse objeto sonoro, maneiro pra cacete, de mais uma banda que tocava bem pra caramba ao vivo, era representada fielmente, pelo possuído vocal, Rafael Braz (sim, li no myspace (tá lá pra isso, né?)). Imagina um cara sentindo de uma forma muito forte um hardcore melódico por debaixo da pele! Imaginou? Então pronto! Consegui explicar! Ufa!
Depois do forte show do Auria, rolou uma coisa muito legal, que apesar de parecer pequena pra alguns, não poderia deixar de ser dita aqui. As camisas de todas as bandas (que tinham camisas) que participaram do festival foram distribuídas pelo palco em todos os cantos possíveis, como bandeiras. E nesse clima de união, começou o show dos praticamente sócios (e no dia eram mesmo) da Audio Rebel; Plastic Fire.
Reynaldo Drogba comandou a festa como se não houvesse amanhã (segunda feira) e, escandaloso pra caralho, fez o de sempre, arrancou vários bicos do Daniel, Guitarrista do PF, e promotor do evento, ao fazer suas presepadas pra lá e pra cá.
O show praticamente não foi do Plastic Fire. Não só deles. E não estou falando de quando uma banda faz um show muito legal e o público agita tanto que é como se o show fosse da plateia, estou falando de um vocalista que não sabe onde está o microfone. Bom, acho que deu pra entender direitinho a coisa. E acho que dá pra entender, também, se eu disser foi o show mais legal que já vi do Plastic Fire, né? Então tá dito!
Show pra matar todos os micróbios, com moshs, stages e porradareations, melhores que qualquer calistenia, acabando de vez com o life bar de quem ainda tinha alguma energia ao fim dos dois dias de festival. Principalmente quando rolou Bem Estar II, do Noção de Nada que foi , literalmente, pra pedir arrego. Negativo deu o "tchau" mais conhecido da Rebel e, assim, depois de dezenas de abraços suados, terminava a noite e a semana. Perfeita porque teve um fim.
O problema, que na verdade não é problema nenhum, é que agora nem sei como concluir isso tudo; festival. Parei com cara de pastel em frente a essa tela (a minha)... Pensei, pensei... E concluí que, quem foi ao evento entenderá minha falta de palavras ou falta de desenvoltura pra terminar esse humilde texto dizendo que, esse foi o melhor festival que já fui na minha vida, que nunca vi tanta banda legal em dois dias, que vai demorar muito pra acontecer um festival tão legal de novo, etc, etc.
Mas, tudo bem. Hoje troco minha criatividade conclusiva por nove nomes:
Medievaz, Take Off The Halter, D'Front, Rótulo, Malvina, Halé, H.E.R.O, Auria e Plastic Fire.
Nove nomes que guardei.
Abraços.
Obrigadão, aí, Gabriel! Mas foi de propósito, mesmo! Tipo charminho. Hehe
ResponderExcluirEsse é meu garoto, sempre mandando nas resenhas, o festival foi foda mesmo...
ResponderExcluirBeijos molhados.
Continueeeeeee!!! não para não para não
ResponderExcluirFicou fodassa a resenha!
ResponderExcluirSo faltou vc falar que eu fiquei cuspindo cerveja(vulgo dragao do mar) no Romulo Costa pai moreno Reynaldo.
Todos o shows do festival foram fudidos mesmo!
Final insano. Adorei as palavras e forma como descreveu tudo, do cacete. Parabéns ao Daniel, às bandas e à todos os envolvidos. Meus maninhos de Sampa representaram no RJ, e a galera carioca representou na receptividade.
ResponderExcluirIsso é Hardcore ;D
cara, esse final realmente foi de fuder! heart-touching total hahaha <3
ResponderExcluirH.E.R.O you're my hero!!!
ResponderExcluirMais uma resenha linda que representa bem o que rolou. O clima foi esse, todos juntos se divertindo querendo curtir as músicas e amizades que gosta. Parabéns por, de uma forma ou de outra, eternizar o acontecimento. Abaços.
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