A casa teve bom público. Não lotou, mas, particularmente, deu o público que eu, como mero desconhecedor de assuntos relacionados à logística, esperava. Não sei contar direito, mas havia entre 50 e 70 pessoas, que ficaram bem distribuídas no chão quadriculado da Planet. E, como sempre, torço pra que a galera da Maniqueísmo Produções, responsável pela organização do evento, não tenha tomado prejuízo. E no fundo acho que não tomou mesmo.
Pra abrir o evento foram escaladas quatro bandas; pra variar uma delas faltou (o Outrora Fractal). Aliás, é engraçado como sempre falta uma banda. E nem me refiro ao Outrora, mesmo porque não sei o motivo dos caras terem faltado e o ser humano está sempre sujeito a qualquer imprevisto - eu também adoro faltar à faculdade -, mas é curioso como sempre falta uma banda, só curioso mesmo.
E na verdade "as bandas de abertura não merecem muito destaque mesmo". Foi o que o público "pareceu ter achado", pois o Folhas de Inverno tocou pra pouquíssimas pessoas (daquelas 60, por aí), assim como o Repúdio - sendo que todos estavam na frente do local bebendo suas cervejas, o que é normal, mas eu, curiosamente, dessa vez estava lá dentro e acompanhei as bandas.
Infelizmente acabo ficando sem muito o que falar, já que os shows foram curtos e meio sem inspiração. tocar pra pouca gente sem receber muitas palmas é "aquela" coisa, né? Sempre complicado. Mas, pra fazer valer a presença das bandas, vou dizer que o Folhas de Outono é uma banda de Screamo, que você pode ouvir aqui, e que o Repúdio é o Repúdio; crossover bolado com alguma pegada punk.
Depois das duas bandas, subiu ao palco o Plastic Fire, do vocalista
Voltando a falar do público, apesar dos mereguedengues do Reynaldo fanfarrão e da boa apresentação, o público estava recatado. Aliás, é o público do Zander, né... Um público mais sensorial, diria.
Depois de um ajuste no som aqui e outro aqui também, Gabriel (o Bill, pô) dá seu boa noite e a banda começa a fechar a madrugada com Senso - e sem o Phill nas guitarras. O guitarrista, que também toca no Dead Fish - e também tocava no bom e velho Reffer -, além dos problemas de logística, por morar em São Paulo, teve um uma LER (Lesão por Esforço Repetitivo) de tanto tocar GUITARRA e, para se preservar, não compareceu, deixando a banda só (!) com duas guitarras.
Ainda não tinha visto o Bill (o Gabriel, pô) ao vivo com a Zander e, com toda a humildade do mundo, digo: o cara tem uma "pegada vocal sensorial" impressionante. Parecia que ele cantava em um outro microfone diferente do que as outras bandas tocaram. E isso foi comprovado quando uma moça, muito sensorial, diga-se de passagem, subiu ao palco pra cantar Dialeto no microfone "mágico" e pareceu que o microfone perdeu o encanto. Não porque a menina cantava mal, longe disso, mas porque a voz não tinha ganho, não sei (na verdade, eu acho que escutei bem baixinho o microfone "dizendo" que queria o Bill).
E o show seguiu com Dezesseis, Em Construção, Outro dia mais (*-*), Pegue a Senha e Aguarde e todas as músicas dos dois EP's da banda (Em Construção e Já Faz Algum Tempo), cantadas em uníssono pelos sensoriais (cismei com sensoriais) presentes, como era de se esperar, claro! O show teve como ponto de ebulição, sem dúvida, o cover de Disconnected do Face to Face, que deu uma puta nostalgia do show dos americanos junto com o Rivets, em 2008, na Gávea; a banda fechou, claro, com Pólvora.
Apesar de não parecer, pela falta de um ou outro ênfase nesse humilde texto, o Zander fez um dos melhores shows nacionais do ano presenciados por mim até agora. Pelo menos foi, sem dúvida, o show nacional mais redondo, coeso e técnico que vi até agora no ano. Além de tudo eu precisava realmente de um show desse tipo.
E agora, sobre o show, o que eu sei é que voltar pra casa, mesmo sem ônibus, às 4 da manhã, sem dúvidas, valeu a pena.
Valeu, Zander! Repito: estava mesmo precisando cantar significados bem alto.
Abraços
Achei legal a resenha hein. Parabéns, vou passar a acompanhar o blog ^^
ResponderExcluirCurti o texto! Poucas pessoas já é algo de se esperar se tratando desse tipo de "cena" no Rio de Janeiro. Mesmo assim fo um show do caralho!
ResponderExcluirsaudações!!!
Sensoriais!
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