segunda-feira, 5 de julho de 2010

Zander - 02/07/10

Depois de uma sexta-feira agraciada por mais um semi-feriado copeiro - e desgraciada por um tal de Sneijder -, rolou na Planet Music, em Cascadura, o show da (ou do) Zander - que, pra quem não sabe, é a banda do Bill pós Noção de Nada e Deluxe Trio. Foi o último show da banda por aqui antes da gravação do novo disco, que eu adoraria saber o nome pra escrever aqui, mas ainda não sei.

A casa teve bom público. Não lotou, mas, particularmente, deu o público que eu, como mero desconhecedor de assuntos relacionados à logística, esperava. Não sei contar direito, mas havia entre 50 e 70 pessoas, que ficaram bem distribuídas no chão quadriculado da Planet. E, como sempre, torço pra que a galera da Maniqueísmo Produções, responsável pela organização do evento, não tenha tomado prejuízo. E no fundo acho que não tomou mesmo.

Pra abrir o evento foram escaladas quatro bandas; pra variar uma delas faltou (o Outrora Fractal). Aliás, é engraçado como sempre falta uma banda. E nem me refiro ao Outrora, mesmo porque não sei o motivo dos caras terem faltado e o ser humano está sempre sujeito a qualquer imprevisto - eu também adoro faltar à faculdade -, mas é curioso como sempre falta uma banda, só curioso mesmo.

E na verdade "as bandas de abertura não merecem muito destaque mesmo". Foi o que o público "pareceu ter achado", pois o Folhas de Inverno tocou pra pouquíssimas pessoas (daquelas 60, por aí), assim como o Repúdio - sendo que todos estavam na frente do local bebendo suas cervejas, o que é normal, mas eu, curiosamente, dessa vez estava lá dentro e acompanhei as bandas.

Infelizmente acabo ficando sem muito o que falar, já que os shows foram curtos e meio sem inspiração. tocar pra pouca gente sem receber muitas palmas é "aquela" coisa, né? Sempre complicado. Mas, pra fazer valer a presença das bandas, vou dizer que o Folhas de Outono é uma banda de Screamo, que você pode ouvir aqui, e que o Repúdio é o Repúdio; crossover bolado com alguma pegada punk.

Depois das duas bandas, subiu ao palco o Plastic Fire, do vocalista Rômulo Costa Reynaldo, já quando o público sentiu frio, ficou sem dinheiro pra mais cervejas, teve de ir no banheiro ou queria mesmo ver a banda e adentrou o recinto. E o Plastic Fire é "aquilo", né? Tocaram o seu EP (E.xistência P.arcial), algumas canções novas, algumas semi-velhas, algumas semi-novas e assim foi indo. Aliás, como já é a terceira vez que falo do PF por aqui, vou usar a frase de um amigo pra ilustrar a presença de palco e participação dos caras: "Maneiro o vocalista! Cheio dos mereguedengues!". Falando nisso, provavelmente foi o melhor show da banda desses três recentes do qual falamos aqui no blog (esse (esse) esse e esse); só porque o patrão tava lá, né?!

Voltando a falar do público, apesar dos mereguedengues do Reynaldo fanfarrão e da boa apresentação, o público estava recatado. Aliás, é o público do Zander, né... Um público mais sensorial, diria.

Depois de um ajuste no som aqui e outro aqui também, Gabriel (o Bill, pô) dá seu boa noite e a banda começa a fechar a madrugada com Senso - e sem o Phill nas guitarras. O guitarrista, que também toca no Dead Fish - e também tocava no bom e velho Reffer -, além dos problemas de logística, por morar em São Paulo, teve um uma LER (Lesão por Esforço Repetitivo) de tanto tocar GUITARRA e, para se preservar, não compareceu, deixando a banda só (!) com duas guitarras.

Ainda não tinha visto o Bill (o Gabriel, pô) ao vivo com a Zander e, com toda a humildade do mundo, digo: o cara tem uma "pegada vocal sensorial" impressionante. Parecia que ele cantava em um outro microfone diferente do que as outras bandas tocaram. E isso foi comprovado quando uma moça, muito sensorial, diga-se de passagem, subiu ao palco pra cantar Dialeto no microfone "mágico" e pareceu que o microfone perdeu o encanto. Não porque a menina cantava mal, longe disso, mas porque a voz não tinha ganho, não sei (na verdade, eu acho que escutei bem baixinho o microfone "dizendo" que queria o Bill).

E o show seguiu com Dezesseis, Em Construção, Outro dia mais (*-*), Pegue a Senha e Aguarde e todas as músicas dos dois EP's da banda (Em Construção e Já Faz Algum Tempo), cantadas em uníssono pelos sensoriais (cismei com sensoriais) presentes, como era de se esperar, claro! O show teve como ponto de ebulição, sem dúvida, o cover de Disconnected do Face to Face, que deu uma puta nostalgia do show dos americanos junto com o Rivets, em 2008, na Gávea; a banda fechou, claro, com Pólvora.

Apesar de não parecer, pela falta de um ou outro ênfase nesse humilde texto, o Zander fez um dos melhores shows nacionais do ano presenciados por mim até agora. Pelo menos foi, sem dúvida, o show nacional mais redondo, coeso e técnico que vi até agora no ano. Além de tudo eu precisava realmente de um show desse tipo.

E agora, sobre o show, o que eu sei é que voltar pra casa, mesmo sem ônibus, às 4 da manhã, sem dúvidas, valeu a pena.

Valeu, Zander! Repito: estava mesmo precisando cantar significados bem alto.



Abraços

3 comentários:

  1. Achei legal a resenha hein. Parabéns, vou passar a acompanhar o blog ^^

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  2. Curti o texto! Poucas pessoas já é algo de se esperar se tratando desse tipo de "cena" no Rio de Janeiro. Mesmo assim fo um show do caralho!

    saudações!!!

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